a última gota.

maio 14, 2013



Sinto-me como se já não houvesse amanhã. Às vezes pareço um copo vazio, uma carta fora do baralho, uma história mal resolvida, uma peça esquecida. É como se já nunca mais fosse haver luar, como se o sol estivesse zangado connosco por termos desejado só um dia de chuva. Não consigo encontrar-me, em vez de estar aqui sentada nesta cadeira, penso que estou num sonho ao qual não pertenço quero acordar e não consigo. Não sei para onde me virar, às vezes só desejo ir para o ponto mais alto e pedir ao vento que me leve, ou então navegar até ao mar alto e deixar que as ondas me indiquem o caminho já que me encontro sem bússola, sem sol.

_ Maphalde Cunha**

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