- DOR

agosto 13, 2013



Não há maneira dos meus olhos secarem, do meu coração parar de doer. O meu corpo insiste em me lembrar quando a mente lhe chama à razão sobre os problemas. Este sentimento dói, destrói. 
Sinto que estou perdida no mar onde não há vento nem luar para me indicar o norte ou talvez o sul, sinto-me uma viajante sem céu e sem estrelas para sonhar. 
E este tempo? Parece que teima em não passar, faz-me dormir e quando acordo só me lembro de pensar, vou fingir que estou noutro sitio, com outras pessoas, vou fazer isso até me cansar de respirar.
Estou exausta, cansada de sentir muito e não entender nada, o pior é que sinto que a minha vida está a passar e eu aqui, como se estivesse parada no tempo, como se fosse uma tela em branco, uma carta fora do baralho, uma música sem melodia . 

Maffalda Cunha

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